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Preparação e reação a epidemias: o que aprendemos com a história

Foto do escritor: Ana Patricia Ana Patricia

Atualizado: 14 de dez. de 2024

Como cada um pode fazer a sua parte?


As epidemias que já enfrentamos


Em 2018, completaram-se 100 anos da maior crise de saúde pública da história moderna: a gripe espanhola, causada pelo vírus influenza que infectou cerca de um terço da população mundial em 1918, e matou entre 50 a 100 milhões de pessoas em apenas 2 anos. O vírus influenza está em permanente mutação, por isso o homem nunca está imune, dependendo de vacinas constantemente melhoradas. De lá pra cá, muito tem-se feito para entender a dinâmica das doenças infecto-contagiosas e criar meios de evitá-las. Mas muitas outras pandemias aconteceram no decorrer da história, exemplos:


Peste Negra: 50 milhões de mortos na Europa e Ásia, e durou 18 anos (1333 a 1351). Era transmitida ao homem através de pulgas de ratos contaminados pela bactéria Yersinia Pestes.

Cólera: milhares de mortos em todo o mundo com a epidemia global entre 1817 e 1824. A contaminação ocorria por contato com água contaminada pela bactéria Vibrio Cholerae.

Tuberculose: um bilhão de mortos entre 1850 e 1950. Transmitida através das vias respiratórias de pessoas contaminadas pelo bacilo de Koch.

Varíola: 300 milhões de mortos entre 1896 e 1980, sendo causada pelo Orthopoxvirus Variolae erradicada do planeta em 1980 após campanha de vacinação em massa.

Tifo: 3 milhões de mortos na Europa oriental e na Rússia, nos anos de 1918 a 1922. Era causado pela contaminação por bactérias do gênero Rickettsia.

Febre amarela: 30 mil mortos na Etiópia entre 1960 e 1962. A vítima era picada pelo mosquito transmissor da doença, contaminado pelo vírus.

Sarampo: 6 milhões de mortos por ano até 1963, acometendo principalmente crianças.

Malária: 3 milhões de mortos por ano, desde 1980. É causada pelo protozoário Plasmodium. Ainda não existe vacina eficiente, apenas medicamentos para tratar.

AIDS: 22 milhões de mortos desde 1981. O vírus destrói o sistema imunológico deixando a pessoa suscetível a inúmeras doenças. Ainda não existe cura.



Recursos e ações que podem nos preparar para mais uma epidemia


As inúmeras pesquisas científicas, a crescente tecnologia, o desenvolvimento de vacinas cada vez mais abrangentes e disponibilizadas à população, seja por políticas públicas de saúde, seja por meios privados, podem ajudar e muito os países a evitarem o caos proveniente do adoecimento de seu povo, com consequente colapso no sistema de saúde e na economia. A vacinação em massa pode não apenas prevenir, mas também diminuir os efeitos devastadores.


A vigilância quanto às potenciais doenças infecto-contagiosas ocorre em nível mundial, através da OMS, que conta com uma vasta rede de laboratórios e centros colaboradores, entre outros. Foram criadas plataformas online com dados atualizados semanalmente com o objetivo de monitorar os vírus da influenza globalmente quanto à distribuição geográfica, aos impactos, tendências, intensidade, e outros indicadores qualitativos.


A pandemia de influenza A subtipo H1N1 recentemente ocorrida em 2009 foi um marco importante para o aprimoramento da vigilância no país, segundo Walquiria Aparecida Ferreira de Almeida, técnica da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.


O que você pode fazer?


Além de medidas básicas de higiene e precauções de contato com pessoas ou objetos contaminados, a vacinação é uma atitude de proteção de extrema importância, e a forma mais fácil de se proteger contra doenças. Tanto que, no Brasil, a vacina é responsável pela erradicação da paralisia infantil e da varíola, graças a ações de saúde pública empregadas.


Por volta dos 10 anos de idade, a criança completa todas as doses de vacinação do calendário vacinal, mas deve continuar a tomar as indicadas pelas campanhas de vacinação para garantir sua saúde pela vida toda.



Fontes:

PREPARAÇÃO e resposta a pandemias de influenza são tema do último dia do MedTrop 2018. Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Brasília, 6 set 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5754:preparacao-e-resposta-a-pandemias-de-influenza-sao-tema-do-ultimo-dia-do-medtrop-2018&Itemid=812


AS grandes epidemias ao longo da história. Super Interessante, 31 ago 2004. Atualizada em 24 mar 2020. Disponível em: https://super.abril.com.br/saude/as-grandes-epidemias-ao-longo-da-historia/


PONTE, Gabriella. A importância da vacinação. Fiocruz, 11 out 2013. Disponível em: https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/603-a-importancia-da-vacinacao

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Responsável técnico médico: Dra. Ediana Kelly Fontes Queiroz Sarmento
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